segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Texto tirado do site da Rolf Guild.
http://www.rolfguild.com.br

O protocolo de dez sessões


Sessão 1
A primeira sessão compreende uma área extensa do corpo e o trabalho é realizado sobre a camada mais superficial do tecido conjuntivo. Queremos criar espaço interno e mobilidade em toda a estrutura. Se a camada superficial fosse uma roupa, nosso trabalho seria descolar e espalhar o tecido, permitindo que os segmentos envolvidos por ele começassem a se ajustar. Trabalhamos bastante a caixa torácica, liberando a respiração e aumentando de imediato a capacidade vital. Trabalhamos em torno da pélvis, começando a afetar a posição dela em direção a um plano mais horizontal. A sensação mais frequente no final é de leveza e respiração fácil. A impressão subjetiva é de renascimento.
Sessão 2
Nessa sessão, os pés e as pernas são o alvo principal. Que os arcos dos pés sejam elásticos e funcionem como molas, amortecendo o choque do contato com o chão, em benefício de toda a estrutura e, em particular, da coluna. Outro objetivo é possibilitar o fluxo do peso do corpo pelas pernas, criando mais estabilidade, firmeza e capacidade de ajuste às mudanças da superfície de apoio. Queremos também alongar as costas, a fim de que a coluna possa se mover com mais flexibilidade.
Sessão 3
Trabalhamos as linhas laterais do corpo, ajudando a criar a sensação de definição e separação das partes anterior e posterior do tórax. Essa sessão integra o trabalho da primeira ao da segunda, promovendo a sensação de unidade e alongamento. O espaço que existe entre a pélvis e o tórax começa a ser vivenciado como uma realidade: cada movimento respiratório afasta e reaproxima esses dois segmentos, alongando a coluna.
Sessão 4
Esta sessão começa a despertar a percepção do eixo central do corpo, a partir do trabalho no lado interno das pernas, que compreende também o soalho pélvico, local frequentemente apertado e indiferente à respiração. É um momento muito importante da série, que pode despertar emoções bloqueadas, seja durante, seja nos dias subsequentes à sessão. É também o momento menos indicado para interromper ou adiar o processo por um longo período. Recomenda-se que o intervalo de tempo entre esta e a sessão seguinte seja pequeno.
Sessão 5
Continuamos a trabalhar o eixo central, agora pela parte anterior do tronco, desde o púbis até o pescoço. Procurarmos despertar a percepção de musculaturas abdominais profundas e muitas vezes ignoradas nos movimentos realizados com as pernas. Começamos a buscar o equilíbrio dessa camada mais profunda com a mais superficial e conhecida. A sessão facilita a conexão das pernas com o tronco, criando as condições para que todo o movimento de flexão do tronco sobre as pernas, como no andar, tenha início na altura das primeiras vértebras lombares.
Sessão 6
Agora trabalhamos o eixo pela parte de trás do corpo. Nosso objetivo último é ajudar o sacro a se movimentar, acompanhando a respiração. Queremos desbloquear e equilibrar o cóccix e assim estimular o gânglio ímpar. Nessa sessão, estamos de novo afetando a posição da pélvis. No final, veremos que ela se movimenta no andar: uma pélvis integrada com as pernas e o tronco.
Sessão 7
Na sétima sessão, chegamos ao último segmento do corpo que ainda não recebeu trabalho específico. Queremos ver a cabeça equilibrada no topo do corpo, livre para se movimentar sem esforço e sem tensões desnecessárias. Esperamos encontrar um contínuo harmonioso e vertical do tronco até o topo da cabeça. Sabemos que, se ela estiver deslocada 2 cm para a frente do eixo central do corpo, acrescenta cerca de 15 kg ao peso a ser carregado e movimentado pelas estruturas dos ombros e do pescoço. Esse dado indica o quão importante e benéfico é o seu alinhamento vertical.
Sessões 8 e 9
As três últimas sessões da série têm como principal objetivo a integração. Todos os segmentos corporais já foram trabalhados e muitas mudanças já ocorreram. Nossa intenção agora é fazer com que as duas cinturas – a pélvica e a escapular (ombros) - passem a funcionar conectadas com o centro do corpo. Cada movimento dos braços ou das pernas deve partir do centro. Tendo em vista esses objetivos, a oitava sessão trabalha a metade inferior e a nona a metade superior do corpo.
Sessão 10
Pensando ainda na integração da estrutura corporal, na décima sessão procuramos aqueles lugares que, se trabalhados agora, propiciarão um maior deslanchar das mudanças e o desenvolvimento da linha vertical, nos meses subsequentes. Parte do trabalho é feita com a pessoa em pé, para ajudá-la a sentir e tomar consciência das novas possibilidades conquistadas, e a manter os ganhos adquiridos no processo.